O termo “nativo digital” se popularizou nas últimas décadas e faz referência aos sujeitos que nasceram no século XXI, cresceram manuseando tecnologias digitais e, na opinião da sociedade em geral, têm habilidades natas no que tange ao conhecimento e à facilidade de uso de computadores, smartphones, videogames. Este artigo apresenta uma pesquisa de campo realizada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, campus Santa Rita, com 73 estudantes do primeiro ano de dois Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio. Esse estudo, de cunho qualitativo, tem como objetivo identificar os conhecimentos daqueles estudantes quanto à aplicação dos recursos tecnológicos necessários no contexto educacional, como edição de textos e vídeos, e criação de apresentações gráficas. A pesquisa está dividida em duas etapas: a primeira, já concluída, teve como instrumento de coleta de dados um questionário online autoavaliativo, que ponderou a edição de vídeos e os aplicativos básicos dos “pacotes office” (editores de texto, apresentações gráficas, planilhas eletrônicas); a segunda, a ser finalizada em julho do corrente ano, atividades práticas para constatar a autoavaliação. Ressalta-se que a disciplina de informática básica é comum aos dois cursos e, além de conteúdos teóricos, contempla a prática do que foi avaliado na primeira parte da pesquisa. Como resultados parciais, aponta-se que todos os estudantes investigados tem smartphone, mas somente 50,7% tem computador. A maioria (47,9%) usa esses dispositivos por mais de quatro horas por dia, concentrando-se no acesso às redes sociais, assistir a filmes e séries, e jogar. Apesar de 60,3% fazer uso de algum pacote de escritório, nenhum aluno se diz avançado nesse quesito, e 14% afirma não saber usar. A pesquisa bibliográfica está fundamentada nas concepções divergentes entre Prensky (2001) e Desmurget (2021), além de outros estudos com a palavra-chave “nativo digital” e voltados ao contexto escolar.