Este artigo se propõe a realizar uma revisão sistemática das produções publicadas sobre a ascensão das políticas neoliberais na educação superior do Brasil durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2002-2010). E se fundamenta nos referenciais teóricos de Harvey (2008), que descreve que o neoliberalismo se tornou hegemônico e como uma modalidade de discurso, que passou a afetar amplamente os modos de pensamento, se incorporou ao cotidiano de muitas pessoas e as suas formas de interpretarem, viverem e compreenderem o mundo. Assim como nos conceitos de Dardot e Laval (2016), que descreve o neoliberalismo não como uma ideologia ou política econômica, mas um sistema normativo que influencia o mundo inteiro, estabelecendo sua lógica do capital a todas as relações sociais e todas as esferas da vida. A partir destes referenciais teóricos se buscou responder a seguinte questão: como houve a ascensão das políticas neoliberais na educação superior no Brasil durante o governo Lula nos períodos de 2022 a 2010? Para responder ao questionamento se utilizou da metodologia da revisão sistemática da literatura, em que foram analisados os estudos/pesquisas indexados nos periódicos do Portal da Capes, no Google Acadêmico e na plataforma Scielo. A maioria dos trabalhos analisados faz uma extensa descrição do processo de expansão do ensino superior no Brasil durante o período, e classifica a iniciativa das instituições privadas de forma mercantil no mercado educacional brasileiro. Assim como o crescimento da oferta dos cursos superiores e do aumento do capital das empresas privadas da área educacional através das políticas de financiamento do ensino superior pelo Governo Federal como o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) e o Programa Universidade para Todos (Prouni).