Em 1963, na cidade de Angicos-RN, Paulo Freire desenvolveu seu projeto pioneiro de educação popular de jovens e adultos, no qual, alfabetizou cerca de 300 adultos em 40 horas, a experiência rompia com a educação bancária e seguia em rumo a uma educação emancipatória e libertadora. Sessenta anos depois, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), organizou um evento para rememorar as “40 horas”. A programação possibilitou o encontro e o diálogo dos estudiosos de Freire, seus ex-alunos e monitores. Na ocasião discutiu-se o pensamento de Freire na atualidade, houve também lançamento de livros e documentários sobre a experiência. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo relatar a importância de Paulo Freire na educação e formação de professores e professoras, bem como, desenvolver o pensamento crítico, para promover uma educação conscientizadora e libertadora e enfatizar a importância de eventos que divulguem a experiência Freireana. Esta pesquisa se configura como qualitativa e de relato de experiência. Os autores que nos embasam são: Freire (1996), Gadotti (1992), Brandão (2016), Kohan (2021), Passos Júnior (2021) e Padilha (2002). A vivência foi enriquecedora, pois possibilitou aprofundarmos nossos conhecimentos sobre Freire e conhecermos in loco, onde aconteceu a primeira prática exitosa de alfabetização de jovens e adultos no país, e assim repensarmos nossa formação e prática docente. Aprender com o outro, através do olhar sensível, respeitar os saberes dos educandos, humildade e alegria são alguns dos ensinamentos de Freire que devem ser perpetuados no nosso fazer docente.