Diante do contexto pandêmico, o ato de ensinar foi reimaginado para sobrepujar as dificuldades peculiares apresentadas pelo fechamento das escolas e pela adoção forçada do modelo remoto. Em consequência, o retorno às salas de aula após tantas atividades à distância exigiu ainda mais do professor, que se deparou com uma enorme defasagem no aprendizado dos alunos causado pelo estado pandêmico e seus desdobramentos. Como preencher as lacunas deixadas pelo ensino remoto da pandemia? Essa se tornou uma questão-chave dentro de cursos de formação de professores, que passaram a enfatizar recomposição de aprendizagens. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo relatar a experiência vivenciada em um estágio docente obrigatório do curso de Letras - Língua Portuguesa da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) no semestre de 2022.1. O estágio foi desenvolvido em uma turma de sexto ano do Ensino Fundamental de uma escola pública em Campina Grande - Paraíba em um contexto de reinício, sendo realizado após o progressivo retorno das escolas e universidades ao ensino presencial, após dois anos de ensino remoto motivado pela pandemia da COVID-19. Como primeiro estágio de uma sequência de quatro vivências obrigatórias no currículo da graduação supracitada, este relato também reflete sobre as expectativas e considerações finais da estagiária sobre a prática docente, tendo como comparativo os referenciais teóricos estudados em componentes curriculares acadêmicos e a experiência final, o primeiro contato da discente com a sala de aula enquanto professora em formação — uma vivência desenvolvida ao longo de oito aulas realizadas em duas semanas.