O enfrentamento no âmbito escolar da criminalização e demonização das religiões de matriz africana e as nações do candomblé é um tema urgente e extremamente relevante para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Infelizmente, as religiões de matrizes africanas são frequentemente estigmatizadas e marginalizadas, sendo vistas como práticas supersticiosas e atrasadas. No entanto, muitas vezes, sobretudo nas regiões com menor índice de desenvolvimento humano, as instituições de ensino reproduzem estereótipos e preconceitos e, por isso, se tornam espaços de exclusão e violência simbólica. Essa criminalização e demonização resultam em uma série de preconceitos e formas de discriminação, que se manifestam em diversas esferas da sociedade, inclusive no ambiente escolar.Para superar essas barreiras, é necessário promover a conscientização e o diálogo intercultural, trabalhando as questões das religiões de matriz africana nos currículos escolares. O respeito às diferenças deve ser incluído em todas as áreas de ensino, desde a literatura à história, passando pela educação física, ética, entre outras.Além disso, a inclusão das religiões de matriz africana no âmbito escolar deve estar ligada a ações macro, como a criação de leis que garantam o direito à liberdade religiosa, a valorização da cultura afro-brasileira e o combate ao racismo religioso, garantindo assim que as diferenças culturais e religiosas sejam respeitadas em todos os âmbitos da vida social e não só no ambiente escolar.