O escopo deste trabalho consiste em problematizar a temática da Violência Sexual (VS) na contemporaneidade, destacando suas principais características, indicadores e estratégias de prevenção. Em relação à metodologia, esta pesquisa possui abordagem qualitativa, tendo sido utilizados como métodos para a produção de dados a pesquisa bibliográfica, em bases de artigos científicos como Google Acadêmico e SciELO, além da revisão de documentos normativos como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e cartilhas voltadas à prevenção da VS. Estima-se que 01 (uma) em cada 03 (três) a 04 (quatro) meninas e 01 (um) em cada 06 (seis) a 10 (dez) meninos serão vítimas de alguma forma de VS até completarem dezoito anos. Apesar de sua incidência, a VS ainda é vista como um tabu em nossa sociedade, havendo muitos mitos e pré-conceitos sobre ela, que são compartilhados, inclusive, por profissionais da Saúde e da Educação que lidam cotidianamente com pessoas vítimas da VS. Também observamos o fenômeno da pedofilização, que contempla a contradição de uma sociedade que, ao mesmo tempo em que cria leis e programas para proteger as crianças e adolescentes da VS, legitima e dissemina produções culturais e midiáticas que sexualizam os corpos infanto-juvenis, tornando-os objetos de desejo sexual. Nesse cenário, a Educação em Sexualidade consiste na estratégia mais eficaz para prevenir a VS contra crianças e adolescentes. Os espaços de discussão sobre Educação em Sexualidade na escola não apenas têm papel instrutivo, mas também contribuem para que a criança identifique a vivência de uma VS e possa expô-la, ou que o adolescente encontre abertura em alguém de confiança para narrar o trauma vivido.