Analisar as memórias de infância acerca das experiências vividas com a contação de história nos primeiros anos de vida escolar foi o objetivo deste trabalho. Trazer as reminiscências vividas nos tempos da infância é um exercício para melhor entender a centralidade na formação docente. Logo, a história de vida, enquanto uma técnica de pesquisa qualitativa foi à melhor opção para a referida pesquisa, pelo fato de possibilitar a compreensão com profundidade e particularidade dos sujeitos participantes do estudo. Nesse sentido, tomamos as histórias de vida das estudantes de Pedagogia de uma universidade pública do agreste paraibano, especialmente suas memórias de infância, como possibilidades emancipatórias de aprendizagem do ser-professora de educação infantil. A análise de dados desta pesquisa se deu a partir do aporte teórico-metodológico construído para esse fim, especialmente as obras de Arroyo, 2014; Carreteiro, 1998; Goldenberg,197; Nóvoa, 1992; Vasconcelos, 2000, e para refletirmos entre memórias e narrativas descritas pelos sujeitos dialogamos com Bosi, 1994; Candau, 2019; Delgado, 2010; Halbwachs, 2013 e Izquierdo, 2011. Os relatos de situações partilhadas demonstram como determinadas experiências históricas são potencializadoras do desenvolvimento pessoal e profissional das estudantes de Pedagogia. É possível depreender desse cenário como as histórias e os contos infantis possuem um rico conteúdo a ser trabalhado na educação infantil e como ajudam as crianças a encontrarem um caminho para realização tanto pessoal, quanto social e profissional.