Este artigo foi consequência das interpretações e discussões no decorrer da leitura dos artigos selecionados através de uma análise de reflexões epistemológicas relacionadas ao ensino de Química, também na essencialidade de restaurar uma ligação entre a experimentação e o desenvolvimento de conhecimentos científicos. Portanto, o objetivo deste trabalho é fornecer uma visão sistêmica dos paradigmas epistemológicos que guiaram a experimentação no ensino de Química nos últimos 5 anos (2018 a 2022) anexados na plataforma CAPES. Esse artigo é classificado como de caráter qualitativo fundamentada na pesquisa bibliográfica de revisão sistemática, baseada nos estudos de Flick (2008) e Galvão e Pereira (2014). Os descritores utilizados foram “Epistemolog*”; “Experiment” e “Ensino química”, concluindo no resultado de 20 trabalhos encontrados. Depois, de aplicar os critérios de inclusão e exclusão restaram 6 resultados para serem analisados na íntegra. No começo da pesquisa, foi encontrado diversos estudos que abordaram as principais abordagens epistemológicas aplicadas aos experimentos no ensino da química, como o positivismo, construtivismo, socioculturalismo e pragmatismo, mas nenhum estava anexado na plataforma CAPES. Cada um desses enfoques apresenta diferentes requisitos em relação ao conhecimento químico, à essência da ciência e ao papel do aluno na aprendizagem por meio da experimentação. Adicionalmente, pode-se observar um movimento ascendente nas pesquisas recentes em direção à adoção de abordagens socioculturalistas, as quais destacam o papel ativo dos estudantes na construção do conhecimento científico e na conexão entre fenômenos químicos e contextos socioculturais. Essas abordagens pretendem promover uma aprendizagem com significado, bem como estimular o pensamento crítico, a resolução de problemas e a colaboração entre os estudantes. Dessa maneira, em relação aos processos epistemológicos de conhecimento, têm surgido concepções e práticas experimentais predominantes que são consideradas essenciais no aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem, mas, notou-se que ainda há necessidade de mais estudos nessa área.