A educação do campo representa um fenômeno da realidade brasileira, uma construção coletiva que expressa uma política proveniente de lutas sociais dos camponeses, por um acesso à educação básica contextualizada e de qualidade. O presente artigo visa debater sobre a importância da valorização da cultura local na educação, além de, explorar o funcionamento das dinâmicas territoriais no interior do sertão nordestino, que estão diretamente relacionadas ao acesso à educação no campo das pessoas que residem em comunidades rurais. As considerações apresentadas neste texto, são oriundas de uma pesquisa bibliográfica e descritiva, analisando perspectivas com base na abordagem qualitativa, e análise integrativa da literatura, visando evidenciar as realidades desiguais e excludentes vivenciadas pelas comunidades do campo. Os trabalhadores rurais possuem maiores dificuldades de acesso à educação, dessa forma, fica evidente que a luta pela educação do campo manifesta uma histórica desigualdade educacional presente na sociedade, sendo assim, pode-se concluir que a construção do campo como lugar de atraso, socialmente construído, desfavorece e inferioriza o processo de ensino-aprendizagem do sujeito e da cultura do campo, dificultando a adesão aos espaços escolares do contexto rural, além do constante desmonte da educação do campo. Nesse ínterim, na batalha contra as desigualdades educacionais e sociais, é possível perceber a existência da diversidade, e junto a ela, o empenho em busca da educação como um direito social em condições de igualdade e inclusão.