A Sequência Didática (SD) apresenta-se como um material potencialmente significativo para organização dos conteúdos disciplinares do currículo escolar, uma vez que essa estratégia metodológica permite ao docente desenvolver aulas com tarefas de aprendizagem mais atraentes e inovadoras. Nessa perspectiva, o presente artigo de natureza qualitativa refere-se aos resultados de uma pesquisa exploratória e descritiva realizada com dezenove professores/as de quatorze instituições escolares da rede estadual do município de Campina Grande — PB, sobre as contribuições da inclusão de SD no planejamento, ensino e aprendizagem de Ciências e Biologia. Para tal propósito, aplicamos um questionário aberto, no qual, os discursos foram coletados e avaliados pela análise de conteúdo da Bardin (2011) que subsidiou a gênese de oito categorias funcionais referentes a utilização da sequência didática na prática profissional dos educadores. Após a avaliação dos dados foi possível compreender que os participantes reconhecem as potencialidades instrumentais da SD no âmbito da contextualização dos conceitos científicos, transposição, criação de atividades diversificadas e na aquisição de habilidades, constituindo ferramenta importante na otimização do trabalho docente. Além disso, verificamos que o entendimento da sequência didática como instrumento de pesquisa da prática pedagógica e na produção de saberes para área do ensino de ciências ainda possui um aspecto limitado, na visão dos professores, que precisa ser considerado.