Este trabalho traz um relato da experiência docente na Licenciatura em Dança da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, durante os semestres letivos 2022.1 e 2022.2, entre junho de 2022 e maio de 2023. O projeto político do curso traz cinco componentes curriculares que tratam de Metodologias do Ensino da Dança, dentre as quais pude lecionar três delas, cada uma com seu público-alvo específico de acordo com as etapas e modalidades de ensino da escola regular: Metodologias do Ensino da Dança 1, disciplina introdutória de caráter teórico-prático sobre os fundamentos teórico-metodológicos e processos educacionais em dança, reflexões sobre corpo, arte e educação escolar; Metodologias do Ensino da Dança 2, a qual discute e aprofunda estas questões para a Educação Infantil e os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1o ao 5o ano); e Metodologias do Ensino da Dança 4, que trata do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos. Mesmo com uma vivência de aproximadamente vinte anos como professor da educação básica, estas foram minhas primeiras práticas docentes no ensino superior. A partir do momento do impactado pela novidade entendendo um curso de licenciatura como um processo formativo “inicial”, emergiram diversas provocações a partir de textos trazidos aos debates em sala de aula, entre elas: 1. Não há docência sem discência (FREIRE, 1996); 2. Para que formar professores? (PIMENTA, 199); 3. Aprendemos/ensinamos a “dar aula” nas disciplinas de metodologias de ensino? 4. Arte se ensina? Arte se aprende? 5. Quais as relações das metodologias de ensino com o estágio curricular? 6. De que dança estamos falando? (STRAZZACAPA, 2001). Desta forma, ao me encaminhar a 2023.1 para mais um semestre lecionando “as metodologias” (novamente a de número 1 e agora também a de número 3 – anos finais do Ensino Fundamental), tenho me perguntado sobre a relevância destas disciplinas dentro da Licenciatura em Dança e como um terreno fértil para ensino aliado à pesquisa.