O gênero textual oral seminário é uma prática de linguagem multimodal, ou seja, utiliza diversas formas de comunicação, como o uso de imagens, falas, gestos, textos escritos, dentre outras. Tal gênero permite ao estudante a vivência com práticas discursivas relevantes para o desenvolvimento da oralidade. Mesmo sendo um dos gêneros textuais mais abordados no ensino superior, muitos acadêmicos, ao ingressarem na universidade, enfrentam dificuldades relacionadas tanto ao planejamento quanto à execução de seminários. Essa problemática pode decorrer do fato de esse gênero não ser tão trabalhado por estudantes do ensino médio, e quando é, muitas vezes, tem sua estrutura e método alterados, visto que se trata de um gênero oral que exige um pouco mais de preparação intelectual e psicológica do aluno. Nesse sentido, este artigo objetiva discorrer e refletir sobre as vantagens e os desafios que os acadêmicos do ensino superior encontram para desenvolver seminários de maneira satisfatória. Teoricamente, no que concerne aos estudos sobre os gêneros orais, ancora-se nos fundamentos instituídos por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2011). No que concerne à metodologia, optou-se por uma abordagem qualitativa de dados, utilizando-se a aplicação de questionário em diferentes períodos do curso de Licenciatura em Pedagogia, do Centro Universitário de Patos – UNIFIP. Os resultados apontam que, em relação aos acadêmicos que estão em períodos mais avançados, significativa parte dos alunos ingressantes no ensino superior apresenta dificuldades em fazer ou apresentar trabalhos com o gênero textual em discussão. Por outro lado, revelam que há vantagens no que concerne ao desempenho das práticas orais de linguagem e na aprendizagem mais efetiva de conteúdos específicos.