Este artigo trata de uma experiência de visita a uma sala de Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas, EJAI, ocorrida no ano de 2019 no âmbito do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia, Campus VII Senhor do Bonfim, Bahia, Brasil. O texto tem o objetivo de analisar os achados de uma visita a uma sala de aula de EJAI de uma escola do município de Senhor do Bonfim, Bahia, Brasil. A discussão é feita a partir de Arroyo (2000), Bock e Aguiar (2003), Brandão (2007), Dazzani (2014), Duarte Junior (1988), Freire (1988), Libâneo (1992), Mizukami (1992), Santos (2019) e Vygotsky (1991). Metodologicamente, o estudo foi subsidiado pela abordagem qualitativa, tendo o Estudo de Caso como tipo de pesquisa. Para tanto, utilizamos como instrumento de coleta de dados a observação sistemática e a entrevista semiestruturada. A imersão teórico-prática levou a reflexões sobre as representações que as educadoras fazem da EJAI e das estudantes, bem como, sobre as atividades que foram desenvolvidas pela turma no dia da visita. Também, tecemos críticas às escolhas que o município tem feito para a EJAI. Os resultados ressaltam a importância de se considerar a especificidade da EJAI no momento de planejar as atividades pedagógicas para que façamos enquanto educadoras um trabalho que atenda aos contextos específicos da EJAI, que seja mais inclusivo e significativo às jovens, adultas e idosas. Ao final da discussão, apontamos para a necessidade de maior investimento na EJAI, bem como, ressaltamos a importância de que a EJAI seja contextualizada às especificidades das Jovens, Adultas e Idosas que atende, no sentido de que o fazer pedagógico possa contribuir para uma compreensão cada vez mais complexa da realidade, fator primordial para que haja transformação.