Este presente trabalho tem como objetivo identificar a partir das percepções dos docentes as principais dificuldades enfrentadas no processo de inclusão de alunos autistas no ambiente escolar. O trabalho se desenvolveu em uma Escola de Educação Profissional da cidade de Iguatu, Ceará, tendo como sujeitos da pesquisa os professores que possuem em suas turmas alunos com transtorno do espectro autista. A coleta de dados se deu a partir de um questionário estruturado que foi enviado aos docentes por meio da ferramenta Google Forms. Dentre os principais apontamentos dos docentes, destacam-se: a pouca disponibilidade de tempo para planejamento de atividades adaptadas aos discentes com necessidades específicas, o elevado número de alunos por turma, a heterogeneidade dos níveis de aprendizagem entre os discentes com transtorno do espectro autista e a interação dos alunos ao longo das aulas. Outro ponto relatado pelos professores é que as avaliações externas, como por exemplo o ENEM, não são adaptadas para estudantes com autismo, apresentando questões extensas que comprometem o desempenho de alunos autistas e consequentemente o ingresso nas universidades. Os docentes têm buscado alternativas que ajudem na aprendizagem dos alunos, através de cursos de formação continuada, também, buscando alinhamento com a sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), atividades didáticas adaptadas aos conteúdos, dentre outras estratégias pedagógicas. A partir dos resultados observa-se que a convivência e interação entre os alunos autistas e outros discentes é bastante particular, alguns discentes se socializam de forma rápida e outros podem ter um pouco mais de limitação. Os docentes apontaram a importância do atendimento na sala do AEE de forma periódica e personalizada, colaborando no desenvolvimento de habilidades e competências pelos alunos autistas.