A Feira Livre é um importante espaço político, cultural e científico por onde perpassam as mais diversas linguagens, modos de produção e circulação de bens e serviços. Muito mais que um ambiente de comercialização e prestação de serviços, por ela circulam identidades transeuntes pertencentes a diferentes classes sociais. A proposta desta pesquisa é refletir sobre as linguagens que perpassam pela Feira Livre, tendo como lastro as histórias e memórias dos sujeitos que nela atuam, narrativas carregadas de historicidade, saudosismo, tristezas, alegrias e muitos outros sentimentos, reservando à memória um papel de destaque nesse processo. Serão entrevistados três sujeitos: um feirante do campo das ervas, um feirante do ramo alimentício e um feirante do ramo vestuário. Desse modo, a pesquisa buscará identificar as concepções políticas e críticas nas narrativas dos feirantes entrevistados partindo de um aporte metodológico de uma pesquisa que se configura de natureza qualitativa, tendo como método principal o documental bibliográfico, ancorado nos seguintes instrumentos: inventário bibliográfico e de arquivos e posterior análise de conteúdo. Como forma de armazenar esta coleta de dados utilizaremos fichamentos, resenhas, vídeos em suporte digital e gravações de áudio. E para tratar os dados far-se-á a transcrição das entrevistas, análise histórica, sociológica e linguística, dando enfoque a memória da feira livre, culminando na triangulação dos dados coletados. E assim identificar a potência do saber popular que transita na Feira Livre da Cidade de Alagoinhas, Bahia e suas contribuições sociais.