Erving Goffman em seu conceito de representação dos papeis sociais nos apresenta uma analogia da vida cotidiana com a dramaturgia. Para ele, utilizamo-nos de uma linguagem teatral no dia a dia representando papeis como uma estrutura de auto-exposição em sociedade nas diversas atividades as quais estejamos empenhados. Para isso necessitamos dos mais diversos elementos da metáfora da ação teatral. Este artigo tem o seu método baseado nos conceitos da Fenomenologia, tal como foi apresentado por Edmund Husserl, (1859-1938). O objeto do conhecimento para a Fenomenologia não é o sujeito nem o mundo, mas o mundo enquanto é vivido pelo sujeito. A realidade, portanto, é o compreendido, o interpretado e o comunicado, pois a pesquisa fenomenológica parte do cotidiano, da compreensão do modo de viver das pessoas. Esse trabalho propõe-se a estabelecer uma relação da prática pedagógica com a metáfora da ação teatral (GOFFMAN), utilizando-se do conceito de teoria dos papeis sociais, buscando uma aproximação da teoria com o cotidiano, através da análise das representações sociais e dos diversos personagens que a compõe, seja pelas palavras ditas, pelos gestos, pelas expressões corporais e enfim, também, por toda forma de linguagem verbal e não verbal. O educador conhecedor e atento à teoria dos papeis sociais pode trazê-la para uma compreensão mais crítica da realidade de suas práticas pedagógicas como mais uma das múltiplas linguagens nos contextos educacionais estabelecendo assim uma relação entre corpo, linguística, linguagem, formas de manifestação do comportamento em sociedade e suas diversas representações.