O Geoturismo é uma atividade turística que sustenta e incrementa a identidade de um território, considerando a geologia, ambiente, cultura, valores estéticos, património e o bem-estar dos residentes. O presente trabalho tem por objetivo valorizar o potencial geoturístico do Sítio Arqueológico Mirador, o qual está localizado no município de Parelhas, no interior do Rio Grande do Norte, distante a 240 quilômetros da capital Natal. No Sítio Arqueológico Mirador foram encontrados vestígios de índios, que segundo histórias, viveram há mais ou menos dez mil anos no local e utilizavam as rochas como abrigo. A geologia é representada por rochas metamórficas classificadas como metaconglomerados e quartzitos, e rocha ígnea classificada como pegmatito. O interesse pelos minerais e rochas sempre fez parte do nosso cotidiano, desde o tempo primitivo. Na área são identificados minerais de quartzo, feldspato, micas, epidoto e clorita. O Sítio Arqueológico Mirador está posicionado no alto da Serra da Princesa, a qual se destaca no relevo da região, pois marca um alto topográfico no formato de uma silhueta de uma princesa. O alto topográfico é explicado pela resistência ao intemperismo dos minerais presentes na Serra e os minerais no seu entorno. A vegetação típica predominante é a caatinga com presença de xique - xique, facheiro, mandacaru e coroa de frade. Do pé da Serra até o Sítio Arqueológico Mirador o caminho é um pouco aventureiro, porém apresenta uma infraestrutura básica com trilha aberta, escadas e pontos de paradas para descanso e contemplação da passagem. A trilha até o alto do Sítio Arqueológico Mirador é compensada com a vista da paisagem exuberante da região de Parelhas, com destaque para a barragem do boqueirão.