O século XXI trouxe desafios significativos para a educação, uma vez que a internet e as ferramentas associadas a ela fomentaram conectividade em tempo real e maior rapidez na circulação e obtenção de informações, gerando um abismo entre o mundo digital e as escolas, que, por motivos diversos, mantiveram a sua característica analógica. Somado a isso, a pandemia causada pelo SARS Cov-2 estabeleceu uma realidade atípica para o ensino, forçando a execução de aulas remotas, o que impactou sobremaneira a rotina de estudos de crianças e adolescentes inseridos na educação básica. Nesse contexto, ensinar matemática tornou-se uma ação desafiadora, dado as peculiaridades que a disciplina apresenta e as dificuldades de ensiná-la de forma assíncrona, causando um abismo entre as aprendizagens possíveis antes e depois da COVID 19. Pensando nisso, a monitoria em matemática surgiu como uma ferramenta de resgate ao estudo da disciplina, já que o aluno monitor, por se tratar de colega de turma, poderá falar a linguagem dos seus “monitorados” além de compreender com propriedade as necessidades do grupo. Nessa perspectiva, publicou-se edital para selecionar alunos que apresentaram desempenho acima da média da turma, para dar suporte aos colegas em conteúdos propostos em sala, visando melhorar o desempenho da turma e reforçar os conhecimentos adquiridos. Após a aplicação da monitoria, notou-se maior interesse dos estudantes durante as aulas, atribuindo-se isso à ideia de usar os serviços dos monitores ou, em alguns casos, pelo interesse de melhor as notas para submeter-se, em editais posteriores, à monitoria. Diante dos resultados obtidos, fica evidente que projetos voltados ao protagonismo do estudante, que estimulem o desenvolvimento de habilidades adquiridas ao longo da formação, podem fomentar o ensino, tornando-se ferramentas pedagógicas importantes no processo de construção efetiva do conhecimento, seja na área de matemática ou em qualquer outra área do conhecimento.