As dificuldades e possibilidades quanto ao uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) já acompanhavam os processos de ensino e de aprendizagem bem antes da pandemia de COVID-19. No entanto, neste momento, questiona-se: quais seriam os encaminhamentos e de que forma as experiências do período de isolamento físico/social poderiam contribuir no retorno à presencialidade? Diante disso, o presente trabalho busca compartilhar um recorte de investigação sobre as percepções de professores, no que diz respeito ao uso das TDICs. Destaca-se que o estudo vem sendo desenvolvido por um grupo de pesquisa desde 2016, com professores e estudantes de Graduação, e, também, do Stricto sensu, pertencentes a uma Instituição de Ensino Superior do Sul, outra no Nordeste do Brasil, bem como, de uma Instituição da Colômbia e outra de Portugal. No recorte buscou-se analisar a compreensão docente sobre o processo de virtualização das aulas, acompanhando 12 professores de Graduação durante a pandemia, sem se abster de analisar elementos que poderiam contribuir no retorno à presencialidade. A pesquisa caracterizou-se como qualitativa e descritiva, sendo que os dados foram coletados a partir de questionários na plataforma Google Forms. Quanto à análise, buscou subsídios de compreensão das informações mediante a Análise Textual Discursiva. A partir da proposta constatou-se que os professores tiveram dificuldades quanto à gestão do tempo, interatividade, adequação dos materiais e domínio de ferramentas digitais. Além disso, evidenciou-se que algumas experiências relacionadas à virtualização das aulas sinalizam que podem ser continuadas na presencialidade, como é o caso do ensino híbrido e outras precisam ser repensadas, como é o caso das estratégias de ensino e da exploração e otimização do uso das tecnologias digitais. Por fim, algumas questões permanecem em aberto, servindo de alerta, principalmente no que diz respeito à possibilidade de retorno a modelos de ensino pré-pandêmicos.