O artigo em questão tem como objetivo discutir sobre a complexa relação entre a desigualdade social no Brasil e a introdução gradual da Educação 4.0 no sistema educacional brasileiro. A revolução 4.0 é também denominada de a quarta revolução industrial, pela profusão de novidades tecnológicas nas diversas áreas: inteligência artificial (IA), robótica, a internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), veículos autônomos, impressão em 3D, nanotecnologia, biotecnologia, ciência dos materiais, armazenamento de energia e computação quântica, entre outras. Tais tecnologias constroem e amplificam entre si, fundindo as tecnologias dos mundos físico, digital e biológico. Na escola básica a adoção dessas tecnologias com viés educacional, torna-se mediadora do ensino/aprendizagem e, por sua vez, configura-se como uma proposição metodológica na qual o aluno é o centro e o professor um mediador desse processo educacional ao usar o conteúdo e as técnicas propostas nas plataformas tecnológicas digitais. Nesse estudo, adota-se uma metodologia dedutiva baseada em revisões bibliográficas e se propõe uma análise geral acerca do objeto visando avaliar o cenário que se apresenta na atualidade e as intercorrências, caso esse processo não seja devidamente planejado pela escola e as políticas públicas relacionadas à educação básica não vislumbrem a democratização do acesso às tecnologias, com qualidade socialmente determinada. Antecipa-se que entre os desafios que surgirão no decorrer desse processo, destacam-se a questão do letramento digital e as desigualdades sociais que implicam em realidades distintas nas escolas brasileiras, em especial nas escolas públicas. Assim, o estudo visa fornecer um panorama tangível que contribuam para o debate tendo em vista as reformulações e implementações que favorecem uma educação tecnológica emancipadora, a fim de contribuir para uma transformação social.