O uso das palavras nas reformas educativas vem sendo amplamente estudado por diversos pesquisadores no intuito de evidenciar os agregamentos retóricos que descaracterizam o campo da Educação. Na esteira da linguagem, estudos sinalizam o centramento à ideia de profissionalização numa teia conceitual composta de termos que evocam empregabilidade, eficiência e eficácia, referenciando um vocabulário implementador de monitoramento, gerenciamento e avaliação quantitativa dos sujeitos. Nesta pesquisa qualitativa, apoiada na análise documental, pretende-se clarificar a (s) influência (s) vocabular orientadora (s) na Resolução nº 2/2019, que define e institui respectivamente as Diretrizes Curriculares Nacionais e a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica com o objetivo de identificar palavras e vocábulos recorrentes que levem a introdução de estratégias limitantes e de simplificação da docência. Verifica-se que outros campos, especialmente da área empresarial, vêm impondo novas terminologias à Educação a partir das políticas educacionais. Essa investida mercadológica na formação docente visa à promoção de uma formação sucateada e reduzida ao treinamento de habilidades necessárias a padronização das ações pedagógicas para o atingimento de melhores escores nas avaliações externas e de ranqueamento internacional. Diante desse quadro, reafirmamos a importância de mobilizarmos clareamentos de posições, refinamento de conceitos dentro de um projeto de educação emancipatória e participante dos processos de transformação estrutural da sociedade.