Ao observarmos uma contemporaneidade na qual a mulher ainda é posta em desvantagem em relação aos homens, o presente estudo propõe analisar, através dos marcadores sociais da diferença e tendo como categoria analítica o conceito de Imagens de controle, como a mulher vem sendo representada no material didático de Língua Portuguesa e como tais representações impactam diretamente na consolidação de suas assertividades e manutenção de estereótipos que fortalecem cada vez mais preconceitos e inferioridade em decorrência do gênero. Para tanto, utilizaremos as considerações Collins (2009), Bueno (2020), Hooks (2019) sobre o conceito de Imagens de controle e as opressões operacionalizadas em relação às pessoas negras, assim como Hirano (2009) e Zamboni (2009), além de Hall (2003; 2016) no tocante aos marcadores sociais da diferença. Nossas análises serão realizadas tendo como corpus a coleção de livros didáticos “Tecendo Linguagens”, da editora IBEP. Ao longo de nossas análises, constatamos que ainda é recorrente no livro didático situações nas quais o gênero feminino é mantido ainda através de concepções patriarcais, isto é, a mulher ainda é vista como alguém destinada às atividades domésticas e cuidados com os filhos. Assim, nossa pesquisa surge como um ato de questionamento e reflexão, em busca de uma sociedade igualitária e justa, destituída de preconceitos e visões estereotipadas.