O presente artigo tem como objetivo tecer considerações sobre a Pedagogia do Oprimido, conceito formulado por Paulo Freire, como uma das matrizes pedagógicas do Movimento da Educação do Campo, destaca-se neste as contribuições do pensamento freireano enquanto estratégia de resistência, e luta contra as forças hegemônicas, na construção de um projeto societário compromissado em romper com a divisão de classes sociais. O modelo de modernização conservadora implementado em nosso país aprofundou significativamente as desigualdades sociais, a existência de uma escola dualista exemplifica de forma clara a função da escola entre as classes. É neste contexto que a Educação do Campo se constitui, a partir das inquietações dos Movimentos Sociais; conquistou-se no campo institucional uma série de políticas educacionais que asseguram aos povos do campo o direito à educação. Neste sentido, é imprescindível um formato de educação comprometido em superar as estruturas opressoras, autoritárias, que colocam em ameaça à democracia, bem como a ocupação de vários sujeitos nas instituições públicas, como por exemplo, a escola. A metodologia utilizada para a realização do referido artigo se deu a partir do levantamento bibliográfico, trouxemos algumas referências que dialogam com a temática em discussão. A partir das questões suscitadas neste texto evidenciamos a relevância das ideias freirianas na contemporaneidade no cenário socioeducacional, sobretudo na Educação do Campo.