A pesquisa lança luz à representação das mulheres no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), ao problematizar uma questão estrutural da sociedade contemporânea, qual seja: a desigualdade de gênero ou a lacuna da autoridade. Este fato atravessa ambientes educacionais pelos campos científicos e as instituições em termos da gestão administrativa, perpassando a representação das mulheres. Encontramos a ambiência adequada, tendo em vista as múltiplas possibilidades de análise do recorte gênero. Pretende-se refletir e analisar o ponto situacional da participação das mulheres na atividade de pesquisa, do IFRN à rede federal. Parte-se de uma pesquisa exploratória em dados estatísticos da Plataforma Nilo Peçanha, do Diretório de Grupos de Pesquisa/CNPq e do Módulo de Pesquisa no SUAP-IFRN. Utilizamos como aporte teórico Butler (2014), Elias (2020), Federici (2019), Gleyse (2008), Scott (1990), entre outros. Há um notório descrédito social em torno das mulheres e de suas vozes. Em relação ao campo científico, em 2020 elas eram cerca de 54% dos estudantes de doutorado no Brasil, um aumento de 10% em relação ao último decênio; índice similar ao dos países desenvolvidos. Há uma disparidade em relação à área do conhecimento. Segundo o IPEA, nas ciências da vida e da saúde, são a maioria dos pesquisadores (mais de 60%), enquanto nas ciências da computação e matemática representam menos de 25%. A agenda 2030 da ONU destaca para alcançar os seus objetivos do desenvolvimento sustentável: a igualdade de gênero (5) e a redução das desigualdades (10). A igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas é um direito humano fundamental e base necessária à construção de um mundo pacífico, próspero e sustentável. As agências brasileiras de fomento à pesquisa têm apoiado e incentivado a carreira das mulheres na ciência.