O presente artigo é fruto da Tese de Doutorado em Ciências da Educação e aborda as ligações entre autismo e espaço construído, temática em plena ascensão no meio científico em todo o mundo. A pesquisa se constitui numa análise sócio espacial entre o ambiente de aprendizagem projetados para pessoas dentro do espectro autista. Paralelamente aos estudos de tratamento para o autismo surgiram as pesquisas que indicavam a influência do ambiente no comportamento autista, despertando o interesse de pesquisadores em todo o mundo. O enfoque realizado neste estudo classifica a pesquisa como descritiva e de cunho bibliográfico. Conforme Moreira e Caleffe (2008) este tipo de pesquisa envolve várias técnicas ou métodos para a solução de problemas, logo ao apresentar o problema estabelece-se as relações das variáveis a estudar, se caracteriza pela medição das mesmas e o tratamento estatístico das informações. Seu objetivo é descrever ou explicar as descobertas. Nos resultados, nota-se que o autismo provoca limitações na percepção sensorial do indivíduo e que nossos sentidos são responsáveis pela forma como reconhecemos e interagimos com o ambiente, se faz necessária a discussão para o entendimento da influência espacial em pessoas com autismo e de como se podem oferecer ambientes mais amigáveis às suas necessidades sensoriais, principalmente no que diz respeito aos espaços de aprendizagem, essenciais para terapias e tratamento do transtorno. Nas escolas pesquisadas observa-se que foi realizada uma associação entre as prescrições de espaço e ambiente, prezadas pelas teorias e as características mensuráveis pela Teoria da Sintaxe Espacial e a Teoria do Design Sensorial. Foi visto que a associação destas teorias ao modelo longo se deve às suas prescrições de produção de espaços formais e a necessidade de regras de uso para facilitar a navegação, conformação, segurança e o entendimento do espaço para as pessoas autistas.