Neste artigo estamos considerando que prova e demonstração não são palavras sinônimas. A prova tem um significado mais amplo, podendo ser entendida como um discurso para estabelecer a validade de uma afirmação, não sendo necessariamente aceita no domínio matemático. Ou seja, são justificativas utilizadas pelos alunos dentro do seu contexto escolar, em termos do raciocínio envolvido, como, por exemplo: casos particulares, desenhos, exemplos genéricos, entre outros. Já a demonstração é baseada em um conjunto de axiomas e de outras propriedades já demonstradas, devendo ser obtida por meio de um processo hipotético-dedutivo. Além disso, discutimos o trabalho com as provas e demonstrações na Educação Básica e no Ensino Superior, embasados a partir das pesquisas de Nasser e Tinoco, Dias, Balacheff, Pietropaolo, Ferreira, entre outros, como também compreendemos que esse trabalho pode vir a desenvolver o raciocínio matemático dos alunos, estimulando a argumentar, justificar e provar as suas afirmações. À vista disso, nesse artigo discutimos os resultados encontrados em algumas questões de um questionário aplicado a onze licenciandos em Matemática. Nosso objetivo com essas questões foi compreender quais foram as suas vivências com as provas e demonstrações na Educação Básica e na Licenciatura, como também saber se eles consideram importante o trabalho pedagógico delas na Educação Básica. Utilizamos a Análise Textual Discursiva para a organização e a análise dos dados. De modo geral, a maioria dos licenciandos não teve na Educação Básica a oportunidade de vivenciar atividades com provas e demonstrações. Além disso, durante a Licenciatura, eles apresentam muita dificuldade em trabalhar e escrever demonstrações.