O presente trabalho tem como objetivo apresentar como se configura a prática de Educação Especial e inclusiva no ensino superior com base no processo de formação acadêmica de três universitárias com deficiência visual (cegueira) no Curso de Pedagogia, do Centro de Estudos Superiores de Parintins-CESP, vinculado a Universidade do Estado do Amazonas-UEA. Ademais, busca evidenciar os desafios enfrentados pelas referidas discentes neste processo de formação acadêmica que é constituído por inúmeras práticas de exclusão, além de ressaltar novas perspectivas para a consolidação de um ensino mais inclusivo neste nível de ensino. Com base no processo histórico das pessoas com deficiências, buscou-se realizar uma retrospectiva histórica bibliográfica para a compreensão da importância da efetivação da educação inclusiva por meios das políticas públicas de inclusão social. Para a produção deste trabalho, foi utilizada a pesquisa de natureza qualitativa e abordagem dialética. Foram empregadas as técnicas de observação direta, que permitiu compreender as dificuldades de aprendizagem dos sujeitos com deficiência visual que relataram sobre a falta de materiais didáticos e acessíveis para seus estudos. Os teóricos estudados para o embasamento na escrita foram Chizzoti (2003), Gil (2012), Freire (1983), Mazzotta (2005), Ludke e André (1986). Em meio aos desafios, espera-se um novo olhar para a Educação Especial com a prática de inclusão destinada às pessoas cegas, no qual comtemple em todos os aspectos, seja na estrutura da instituição, seja no caráter pedagógico ou em outros fatores que venham contribuir no ensino desses acadêmicos como as pedagogas em formação citadas neste estudo.