Entendemos a educação popular e a Educação de Jovens e Adultos (EJA) como aporte teórico-prático, ou melhor, como práxis que suscita protagonismo de um saber não-formal na educação formal. Proporcionando uma compreensão crítica à dimensão social dos estudantes, procurando edificar relações dialética e dialógica entre o saber popular e a prática cotidiana desses sujeitos em sala de aula, desembocando num processo de ensino/aprendizagem transformador. Constatamos que no § 2º do Art. 38 da LDB 9394/96, o saber dos estudantes e as habilidades proposta da EJA, são tratados como produção de novos conhecimentos desmistificador do cotidiano e desvelador de novas descobertas da realidade. Consideramos que a EJA é o espaço em que se desvencilha a dimensão sócio-político-cultural do estudante, isto é, é aqui que ele põe em prática o seu protagonismo o qual dar ressignificação ao saber não-formal de um processo que culmina em novos conhecimentos educacionais e que constrói um ensino/aprendizagem sensível e aberto à realidade que o cerca. Nesse processo de ensino/aprendizagem, educador e educando passam a serem mediadores e construtores de conhecimentos cujo objetivo é fazer uma educação útil na vida do estudante e de sua realidade. Por essa razão, torna-se relevante que a educação popular seja abordada como instrumento metodológico dialético/dialógico na prática da EJA, ou seja, caminho facilitador do diálogo em sala de aula entre o saber popular e o conhecimento acadêmico.