Este trabalho tem por objetivo uma reflexão acerca da qualidade do ensino oferecido a alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEEs) nas escolas públicas na atualidade; mais especificamente, o ensino de inglês oferecido àqueles alunos com algum tipo ou grau de deficiência cognitiva. O ensino de uma segunda língua expande substancialmente o leque de possibilidades do estudante que a domina, é uma ferramenta eficaz, capaz de alcançar os principais objetivos da educação inclusiva: o empodeiramento dos estudantes, a elevação de sua autoestima, a expansão de suas oportunidades e a exploração de suas capacidades cognitivas, o máximo possível. No entanto, o exercício pedagógico tem se revelado um grande desafio para os professores. Nesta direção, este artigo discute a dimensão do desafio e busca sugerir estratégias para a obtenção de um resultado de ensino-aprendizagem satisfatório, tais como o estudo da neuroplasticidade e uso de recursos tecnológicos no ensino, de modo a incitar uma reorganização da estrutura neural do aluno ao viver a experiência nova, proporcionando a capacidade das sinapses, dos neurônios ou de regiões cerebrais alterarem propriedades através da estimulação. Outrossim, é de extrema necessidade que os docentes libertem-se de pré-conceitos sobre alunos com deficiências cognitivas; que busquem formação continuada na área; e que acreditem que o ensino da LI para alunos com NEEs pode ser uma conquista possível. Como alinhamento teórico, contribuições de Tonelli (2013), Saviani (1999), Giroto (2022), Relvas (2011) nos levam a entender o conceito da plasticidade cerebral e sua contribuição para a prática do professor, bem como as dimensões cognitivas, motora, afetiva e social no redirecionamento do aluno.