Durante o período de aulas remotas, no qual fizemos o isolamento em virtude da COVID 19, foram inúmeros os desafios que surgiram para a aplicação de aulas na educação básica, tais desafios acentuaram-se durante a execução das oficinas da Olímpiada de Língua Portuguesa (OLP) 2021. Nesta direção, este artigo tem como objetivo geral: “Refletir sobre os desafios vivenciados por uma professora do 6º ano durante o processo de execução das oficinas da OLP em uma escola no interior da PB em período de aulas remotas”. E como objetivos específicos: (I) Descrever e analisar o processo de realização de oficinas da OLP 2021 em uma turma do 6º ano de uma escola pública do interior da Paraíba (PB); (II) Identificar como as mídias digitais e materiais didáticos digitais contribuíram para o ensino de leitura, escrita, oralidade e análise linguística dentro das oficinas da OLP. O corpus é composto por relatos de experiências de uma professora de Língua Portuguesa que atuou durante a pandemia em escola do interior da PB e executou oficinas da OLP 2021 em uma turma do 6º ano. Tal pesquisa está fundamentada nas teorias sobre ensino de Leitura, Escrita, Oralidade e Análise Linguística, baseados em Soares (1998); Marcuschi (2001 e 2008); Leffa (1996 e 1999); Koch (2006); Dolz, Schneuwly, Haller (2004); Bezerra e Reinaldo (2013). Como também as teorias sobre mídias e materiais didáticos digitais de Kenski (2012); Ribeiro (2012); Moran, Masetto, Behrens (2013). Para tanto, as reflexões oriundas dos dados observados sinalizaram a necessidade de multiletramento por parte de professores e alunos na educação básica, tendo em vista que esse é essencial para o trabalho com gêneros diversos, principalmente em situações atípicas como as vivenciadas durante o período pandêmico.