Este artigo propõe uma discussão acerca da articulação entre a Educação de Jovens e Adultos (EJA), Formação Profissional e Mundo do Trabalho, considerando as experiências decorridas da implantação do Programa EJA Profissionalizante no município de Ipiaú-BA em 2023. Para tanto, esta pesquisa ampara-se em marcos legais, como a meta 10, do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024, que propõe a ampliação da oferta da EJA integrada à Educação Profissional e o Artigo 37, da LDB 9.394/1996, o qual dispõe no parágrafo 3º que a educação de jovens e adultos deverá ser articulada, preferencialmente, com a educação profissional, e na percepção e análise dos resultados que sinalizam para o recuo da evasão escolar em Ipiaú e da inserção dos estudantes no mercado de trabalho por meio de uma formação profissional fomentadora do desenvolvimento pleno da cidadania frente aos contextos históricos, sociais e culturais (re) produtores de estigmas e preconceitos contra os sujeitos da EJA. Para além dos aspectos legais, é necessário que percebamos a elevação de escolaridade integrada à educação profissional como importante instrumento de conscientização da classe trabalhadora. No entanto, tal intento deve ir além do aspecto jurídico-formal, passando a dialogar, de modo real, educação básica e educação profissional. Assim, este estudo fundamenta-se no método dialético, ancorado em autores críticos, como Machado (2016) e Soares (2001), a fim de orientar o processo de investigação e análise qualitativa, tendo em vista o movimento histórico e as dimensões teóricas e concretas das políticas educacionais que subsidiam o objeto de estudo.