As formas de ensino, requerem mudanças que se adequem as transformações que o âmbito educacional já sofreu ao longo da história, nota-se, então, ser necessário, a adoção de linguagens que diversifiquem o modo de ensinar. O presente trabalho trata sobre a relevância da linguagem cinematográfica no ensino da geografia, enquanto recurso pedagógico do processo ensino-aprendizagem, para compreender problemas socioespaciais. Tendo como objetivo analisar o potencial do filme nacional "Que horas ela volta?" (2015) da diretora Anna Muylaert no 7º ano do ensino fundamental, considerando-se, os conteúdos curriculares. Para a construção deste trabalho, ancoramo-nos, no filme citado acima, tendo como protagonista Regina Casé, com a personagem Val. Foi realizado uma análise minuciosa, onde aspectos geográficos foram trazidos à tona. Constatou-se, que o filme se adequa a realidade de turmas do 7° ano do ensino fundamental, podendo ser usado para a explicação de conteúdos curriculares dessa série, visto que assuntos como: concentração de capital, migrações, xenofobia e preconceito são estudados no 7°ano e são discutidos na obra, que gira em torno de críticas sociais e estereótipos, desse modo, procura-se desenvolver de uma melhor maneira a empatia nos alunos. A metodologia da pesquisa consistiu em revisões bibliográficas de artigos e trabalhos que abordavam os seguintes condicionamentos: educação, processos de ensino-aprendizagem, filmes, prática docente e pedagogia. Concluímos, que, com a utilização de filmes e outras linguagens na sala de aula, acontece um melhor aprendizado por parte dos alunos e, por consequência, uma maior qualidade do ensino pelo professor, uma vez que a ludicidade consegue transmitir conceitos e abstrações por meio das suas retratações nas telas, fornecendo assim suporte para desenvolver melhor princípios éticos, morais e cidadãos, estes que o ensino de geografia e a educação como um todo devem despertar nos jovens brasileiros.