Trata-se de uma pesquisa explicativa, qualitativa, com pesquisa participante em campo e análise do discurso, a fim de responder se os arquétipos femininos dos contos de fadas clássicos, em contraste com a imagem feminina da mídia infantil atual, exercem influência na imagem do que é “ser mulher”. A pesquisa foi feita na cidade de Valença RJ na Escola Municipal CIEP Luciano Gomes Ribeiro em uma turma de 2° ano, que por conta da pandemia estava resumida a oito crianças com meninos e meninas. E através das nossas observações anotadas no diário de campo e de registros visuais feitas por fotos e vídeos pudemos analisar como as meninas reproduzem padrões clássicos dos contos de fadas e clichês narrativos ao contrario dos meninos, que reproduziram comportamento que refletiam as mídias infantis apresentadas no experimento. Vale ressaltar a importância de tal estudo, diante de uma sociedade patriarcal e machista, em que as mulheres precisam lutar para conquistar seus direitos de não serem discriminadas pelo seu gênero. Lutas essas iniciadas por mulheres de contextos culturais e de classes sociais diversas, como por exemplo, o movimento sufragista, abolicionista e o trabalhista do século XIX e início do XX. Portanto buscamos através da divulgação deste trabalho trazer uma reflexão para os responsáveis pelas crianças em contextos escolares e não escolares, sobre as implicações do que é ser uma mulher atualmente baseado no acesso delas a mídia infantil; ao mesmo tempo em que discutimos como a mídia pode exercer influência na construção identitária de crianças e reforçar condições de subalternidade.