A pandemia do novo coronavírus exigiu mudanças no contexto educacional, especialmente pela suspensão das aulas presenciais, modificando as formas de trabalho docente, a prática pedagógica as modalidades de avaliação, tendo a sala de aula que se organizar em torno de plataformas virtuais. Com o avanço da vacinação, o período de estudo remoto e, posteriormente híbrido, deu espaço à volta da presencialidade, restabelecendo o funcionamento da sala de aula, mas não da mesma maneira, especialmente no que diz respeito à aprendizagem discente. O objetivo deste trabalho foi discutir o processo de aprendizagem do adolescente no retorno às aulas presenciais, a partir de discussões e trocas de experiências entre docentes do ensino médio, de instituições públicas e privadas do Estado de Pernambuco, através da entrevista de grupo focal. Foram cinco entrevistas, com número variado de participantes, realizadas no formato online, mediante assinatura do termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE e transcritas literalmente, tendo os seus dados analisados a partir da análise de conteúdo de Minayo. O conteúdo produzido, ressaltou questões como: a necessidade da promoção de encontros discursivos entre professores de ensino médio, considerando, ouvindo e compreendendo as singularidades de cada contexto pedagógico, do funcionamento de cada turma e de cada professor/a em relação às demandas que precisa dar conta; a consideração do papel assumido pela tecnologia nos ensinos remoto e híbrido que ressaltou a falta de preparação docente para manejá-la e a defasagem da aprendizagem decorrente da impossibilidade de acesso a ela pelos/as estudantes; e a percepção desses professores/as sobre o atraso dos/as estudantes na construção de conhecimento, dado que trouxe repercussões afetivas, como sentimento de desgaste, impossibilidade e sobrecarga de trabalho, como se os/as docentes tivessem que reorganizar o tempo entre o que foi perdido e o que precisava ter sido construído e aprendido pelos discentes.