O presente trabalho tem como objetivo o estudo da variabilidade climática da temperatura máxima no Estado do Maranhão para o lastro temporal de 1989 a 2018, com vista a compreensão do padrão climático desta variável em território maranhense. Ainda, entender a participação das teleconexões oceano-atmosfera, sobretudo em anos de atuação do fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS) em suas duas fases (positiva e negativa). Desta maneira, para a realização deste estudo , foram utilizados os dados mensais de temperatura máxima (Tmáx) das estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) , nos quais empregaram-se 16 estações, sendo 12 estações do Maranhão e 4 do Piauí. Os dados obtidos são datados de 01/01/1989 a 31/12/2018, em que foram organizados no programa Excel em formato (.xlsx.), totalizando 16 planilhas. A partir disto, aplicou-se equações matemáticas para tirar valores de médias anuais. Em ambiente SIG (Sistema de Informação Geográfica) os dados foram transformados em arquivos vetoriais e produzidos os mapas climatológicos de Tmáx por meio do método de Interpolação, sendo confeccionados 30 mapas. Os resultados demostraram que no Maranhão, o decênio de 2009 a 2018 foi o que registrou as maiores médias de Tmáx, com índices de até 35ºC anuais, sendo considerado o período mais quente dentre os outros analisados. Também observou-se um aumento entre 1ºC a 2ºC na Tmáx anual , nos quais os anos de El Niño apresentaram aumento significativo na temperatura, assim , o Maranhão está sujeito as fases de atuação do ENOS, com impactos em diversos setores.