Os estudos sobre as interações entre território, corpo e natureza são múltiplas dentro do espaço acadêmico. Pensar crítica e racialmente a presença da população nos territórios, seus impactos a partir dos desdobramentos do racismo, e sua discussão dentro da educação formal, vem se tornando cada vez mais urgente. O Racismo Ambiental se caracteriza pelas tomadas de decisões que impactam negativamente a natureza, as relações e a produção espacial de um território formado em sua maioria por pessoas não-brancas. O texto apresenta uma reflexão a cerca das questoes ambientais e territoriais que envolvem sujeitos não-branco, com foco nos corpos pretos, e atravessamentos provocados pelo Racismo Ambiental, a partir da geografia negra. Objetiva-se compreender como a produção de geografias negras colabora para o enfrentamento do Racismo Ambiental no ambiente formal de educação. Para isso, foi realizada uma análise bibliográfica alinhada ao processo de escrevivências. Revelando a possibilidade de uma abordagem educativa mais eficaz, para além da sala de aula, mas como estratégia de reivindicação e sobrevivência para corpos marginalizados. Além de priorizar a perspectiva negra e dar relevância às experiências no e pelo espaço geográfico e acadêmico.