Este texto tem como objetivo discutir alguns resultados de pesquisa acerca do fenômeno de territorialização de discursos agroecológicos na região centro-sul paranaense, particularmente buscando evidenciar a ecologia de práticas e saberes da agrobiodiversidade regional enquanto atuante da rede de movimentos sociais agroecológicos. Para tanto, busca-se dar acento à agroecologia como campo social de produção de conhecimentos e práticas entre distintos atores sociais e a configuração de redes em diferentes escalas territoriais e como estes mobilizam diferentemente enunciados, atores e objetos de discursos. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa exploratória em distintas escalas (nacional, estadual e regional) em que se evidenciam macroatores (estado, mercado, movimentos sociais,) e microatores (associações de agricultores, consumidores, organizações não governamentais, grupos de pesquisa e extensão universitários, secretarias municipais, entre outros). Os resultados apontam para a diferentes formas de apropriação e, consequentemente, de representação social da agroecologia, de acordo com as racionalidades de cada ator em legitimar-se, a partir de sua rede, como saber hegemônico agroecológico frente às demais redes.