Este artigo apresenta uma proposta de análise da produção capitalista da natureza correlacionando com a produção tipicamente camponesa, buscando criar um contraponto dos dois temas e permitindo assim uma reflexão mais aprofundada destes. Para tal o desenvolvimento do conceito de sociometabolismo e posteriormente o sociometabolismo campesino, torna-se referencia central, ao possibilitarem compreender a disputa de projeto entre o sociometabolismo industrial e o sociometabolismo campesino. O artigo justifica-se sobretudo pela centralidade da natureza na sociedade atual, seja pelas disputas nos diversos níveis geopolíticos ou no proposto pelos camponeses, quilombolas, indígenas e outros povos tradicionais, por outras práticas e outras formas de produção da vida social, dentre as quais; a defesa da agroecologia, sendo aqui entendida como contra modelo ao modelo tipicamente capitalista. Para tal buscou-se realizar uma revisão bibliografia do tema e trazer também as reflexões possibilitadas na pesquisa de mestrado, no qual tomou-se como técnica fundamental entrevista de gravador Queiroz (1983) e a pesquisa participante Marcos (2006), e sendo possível dentre outros resultados, trazer as concepções dos assentados da natureza e também da agroecologia. Tendo como fundamental entrevistas realizadas com camponeses do assentamento Bela Vista de Iperó/SP - Brasil, nas quais foram possíveis, trazer as concepções da luta, da agroecologia e também suas visões sobre a natureza.