Um problema típico da Geografia da Saúde é o estudo da associação de registros de doenças com possíveis fontes de poluição da água ou do ar, em que o posicionamento da população pode submetê-la a efeitos colaterais da atividade produtiva. A gestão pública, quando ciente deste tipo de problema, pode implementar ações que minimizem os impactos ou, até mesmo, suspender tais atividades. O município de Sabará pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte com população estimada pelo IBGE em 135.196 habitantes (2016) e apresenta muitas carências sociais e de conhecimento sobre seu próprio território, apesar de todo o significado histórico para a região. Em 2018, o município implantou o prontuário eletrônico em todas as Unidades Básicas de Saúde e na Unidade de Pronto Atendimento gerando um banco de dados que pode ajudar a quantificar, qualificar e entender as origens de vários problemas de saúde vivenciados por seus habitantes. Assim, partindo da hipótese de que a Geografia da Saúde apresenta respostas para várias questões que envolvem o ambiente e as condições de saúde em um lugar e na relevância do problema das doenças respiratórias, apresentado pela gestão municipal, este trabalho discute a evolução espaçotemporal das doenças respiratórias no município de Sabará nos anos de 2018 e 2019 e busca encontrar o vínculo destas com os eventos epidemiológicos, climáticos, sociais, econômicos e focos de queimadas, que teve crescimento significativo no período de estudo.