A Amazônia em sua vasta diversidade física, natural, cultural e geográfica, historicamente foi objeto de políticas territoriais vinculadas à implantação de projetos diversos, inclusive projetos de assentamento, com justificativas que estavam circunscritas a contextos históricos distintos, mas no geral com um enfoque geopolítico de controle territorial. Nesta perspectiva, analisamos a política territorial circunscrita ao II Plano Nacional de Reforma Agrária, de criação de Projetos de Assentamento Extrativista especificamente na Amazônia marajoara, com enfoque na diferenciada espacialização dos projetos na Região geográfica intermediária de Breves. A construção do aporte metodológico consistiu em levantamento bibliográfico, cartográfico e documental acerca das duas porções regionais da RBI, circunscritas às regiões geográficas imediatas de Breves e Soure-Salvaterra no Arquipélago do Marajó-Pará. Entre as considerações desta análise, evidenciamos o caráter conservador dessa política com manutenção da geografia agrária marajoara, ainda que com relativo avanço na proposta ambiental dos projetos de assentamento extrativista previstos na referida política como sustentáveis.