As relações por disputas territoriais na Amazônia têm deliberado um cenário de conflitos emerso na tentativa de territorializações capitalistas que tiveram grande crescimento nas últimas décadas. Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo compreender a relação de conflitos entre o povo Munduruku do Planalto santareno e a expansão da fronteira agrícola na região. O território está localizado na área rural da região Leste do município de Santarém, estado do Pará, sendo composto pelas aldeias: Açaizal, Amparador, Ipaupixuna e São Francisco da Cavada, situadas na região do planalto, nas várzeas e nas terras-firmes. A territorialização capitalista em território Munduruku tem se apresentado pela violenta potencialização das tensões territoriais, culturais e socioambientais que se aceleraram a partir da lógica de produção de comodities, mantendo uma relação conflituosa, preconceituosa e de negação étnica, a qual o povo Munduruku vem afirmando, e consolidando em suas organizações coletivas para permanecer e lutar pelo direito ao território que lhes pertence, as preocupações com o avanço da fronteira tem preocupado, pois há um significativo aumento no desmatamento, provocando vulnerabilidades no território. Esta pesquisa é de cunho qualitativo na qual o trabalho de campo se fez necessário para as articulações de entrevistas com as lideranças do território, onde utilizou-se as metodologias que envolveu a oralidade e a memória.