Diante da ocorrência de metais considerados de alto valor pelas sociedades brancas colonialistas, a Amazônia brasileira foi transformada ao longo do tempo em uma grande reserva extrativista mineral, na qual sua exploração se expande de modo alarmante, agora, especialmente, sobre os limites de áreas restritas. O presente trabalho integra uma Tese de Doutorado em fase de desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados. Objetivamos a partir desta pesquisa evidenciar o avanço das áreas de mineração sobre o território amazônico, tendo como recorte temporal o período entre 1985 e 2020, fundamentada cientificamente em ampla e selecionada revisão bibliográfica sobre o tema, coleta de informações em sites de Organizações Não Governamentais – ONGs e da análise do estudo realizado pela MAPBIOMAS (2021), que mapeou o avanço das áreas de mineração e do garimpo nos diferentes biomas do Brasil. Diante disso, foi possível entender que as áreas de garimpo (salientando a extração ilegal de ouro) são as mais expressivas quando falamos em extrativismo mineral realizados em áreas protegidas, como as Unidades de Conservação e Terras Indígenas, tendo o estado do Pará como principal foco de invasão e extração mineral.