O fenômeno geográfico a ser estudado nessa pesquisa a luz da relação do processo saúde, doença e ambiente, são os casos prováveis de dengue, chikungunya e zika. Essas arboviroses que são transmitidas pela picada de mosquito Aedes Aegypti, ocorre no Brasil e no estado do Rio Grande do Norte (RN), por causa dos fatores climáticos, econômico e condição precária de saneamento. Diante disso, o objetivo do artigo é avaliar a autocorrelação espacial das taxas de incidência de dengue, chikungunya e zika vírus, nos 167 municípios do RN, considerando-se a relação entre os aglomerados espaciais dos casos destas doenças, e a territorialização das Unidades Regionais de Saúde Pública (URSAP) do estado. Nos procedimentos metodológicos foram realizadas as coletas de dados secundários das seguintes fontes: número de casos prováveis de dengue, chikungunya e zika (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022); estimativa populacional e os arquivos vetoriais do município do RN (IBGE, 2022); informações sobre saneamento e as 07 unidades regionais da saúde – URSAP (FEITOSA E DANTAS, 2017 E RODRIGUES ET AL., 2018). A etapa da análise espacial através da matriz de vizinhança, taxa de Suavização Bayesiana Empírica (EBS) e autocorrelação espacial foram realizadas no software GeoDa v.1.20. Os resultados apontaram que as três arboviroses apresentaram autocorrelação positiva, dando destaque para a dengue que apresentou maior autocorrelação, segundo o Índice de Moran Local (I=0,245; p=0,001). As unidades regionais que tiveram formação de aglomerados com Alta-Alta taxas de incidência das arboviroses foram: dengue (URSAP III, IV e V); chikungunya e zika (URSAP V).