Há pelo menos 30 anos, a política educacional do Brasil, materializada nas propostas curriculares que derivam delas, está associada e atende uma demanda mercadológica. O processo de neoliberalização da educação brasileira, nos seus diferentes níveis, marca o projeto político-educacional que se tem para a formação de estudantes e, também, de professores. A fim de “solucionar” as demandas provocadas pela Base Nacional Comum Curricular para a Educação Básica, a Resolução CNE/CP nº 2/2019 implica novos discursos sobre o papel do professor de geografia na sociedade atual. O presente artigo procura entender o (novo) papel do professor através da análise documental e do(s) discurso(s) imbuídos nesses documentos e nas entrevistas semiestruturadas que foram feitas junto ao Núcleo Docente Estruturante, discentes e docentes do ensino básico, a fim de evidenciar as discussões e implicações que as reformas neoliberais acarretam para a educação na formação inicial de professores de geografia.