O artigo visa delinear hipóteses para melhor entender a confluência entre representação política feminina e a Geografia. Trata-se de perscrutar o conceito de representação, sobretudo a partir do debate de Pitkin (1967) e Young (2000), bem como as possibilidades de traspassamento deste pela Geografia Eleitoral, através de pesquisa bibliográfica. Dados sobre a presença de mulheres (negras e não negras) no cenário político brasileiro, a partir de pesquisa documental, serão agregados afim de prover o debate. Privilegiando a perspectiva geográfica instigada por Agnew (1996), o artigo propõe avançar na discussão sobre representação política de mulheres e sua(s) espacialidade(s), tomando o espaço geográfico como elemento primordial - não somente figurativo (composicional), mas também condicionante (contextual) desse fenômeno.