Esta pesquisa propõe-se analisar os impactos das políticas públicas de desenvolvimento local em comunidades amazônidas, a partir do estudo de caso da implantação de sistema de energia solar fotovoltaica na Comunidade Santa Maria do Curuça no Município de Mazagão no Estado do Amapá. Parte-se sobre a percepção de Amazônia no pseudo imaginário de “vazio demográfico” instigado pelo colonizador, reforçado por ajustes formatados em eixos, projetos ou grandes objetos de desenvolvimento implantados na Amazônia para atender demandas exógenas do capital, que estabelece um desenvolvimento desigual e combinado de espoliação que acaba por marginalizar os amazônidas que tem como lócus, as comunidades, territórios formatados as margens dos rios da região, que por décadas são impedidas de terem direitos a bens e serviços que hoje são essenciais a vida moderna, sendo o acesso a eletricidade limpa, barata e constante uma delas. O acesso a energia surge como condição básica para o desenvolvimento humano, para o acesso a bens, informações e qualidade de vida, frente à expansão do capital em escala global que remodela o território amazônico que seleciona e exclui o que é de seu interesse. A base estrutural metodológica centra numa abordagem dialética como parâmetro de análise que utiliza-se um estudo de caso de 25 famílias, contempladas com sistemas de energia solar, que desenvolvem atividades econômicas relacionadas a agricultura familiar (mandiocultura), criação de frango, extrativismo (açaí, banana, cupuaçu, graviola), pesca em gaiola.