Apresentamos aos leitores uma análise do discurso, à luz da teoria de Mikhail Bakhtin, da canção “Queremos saber”, composta por Gilberto Gil. Propomos uma reflexão a respeito das diversas formas de desigualdades, com destaque para a disparidade de acesso à ciência e tecnologia em função das diferenças sociais e econômicas que marcam a sociedade brasileira. Buscamos, dessa maneira, contribuir com as investigações sobre a presença da ciência e da tecnologia na vida e na obra de Gilberto Gil, bem como contribuir com o processo de consolidação da CienciArte como campo e área de pesquisa em nosso país. Trazemos, por fim, reflexões sobre algumas possibilidades de aplicação desta temática no ensino de ciências através de intervenções que abordem questões como a baixa presença de meninas, mulheres e pesquisadores negros nas ciências, entre outras formas de dissemelhança.