Artigo Anais do XIII Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XIX Simpósio Paulista de Educação Física

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-2268

ALTERAÇÕES POSTURAIS EM PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON COM ALTO E BAIXO MEDO DE QUEDAS: RESULTADOS PRELIMINARES

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Publicado em 24 de março de 2023

Resumo

Contextualização: A Doença de Parkinson (DP) é caracterizada pela morte progressiva dos neurônios dopaminérgicos presentes na substância negra, parte compacta. Os principais sintomas motores da DP incluem a bradicinesia, rigidez muscular, tremor de repouso e alterações posturais. Comprometimentos no controle postural de pessoas com DP estão associados ao aumento no risco de quedas, sendo que, aproximadamente, 60% das pessoas com DP caem pelo menos uma vez por ano e 40% caem recorrentemente, ou seja, mais do que uma vez. Neste sentido, este estudo buscou compreender se o nível de medo de quedas altera o desempenho do controle postural de pessoas com DP. Objetivo: comparar o desempenho do controle postural, com e sem visão, entre pessoas com DP, considerando o nível de medo de quedas (alto e baixo). Materiais e Métodos: 14 pessoas com DP, pareados por sexo, participaram deste estudo. Sete participantes foram considerados com baixo medo de quedas (idade = 69,14±8,29 anos, motor part of Unified Parkinson’s Disease Rating Scale (MDS-UPDRS) III 29.57±8,24 pontos) e sete foram considerados com alto medo de quedas (idade = 67,14±8,76 anos; MDS-UPDRS III 32,86±10,57 pontos). O medo de quedas foi avaliado por meio da Falls Efficacy Scale International (FES-I). Esta escala é composta por 16 perguntas associadas ao medo de cair durante a realização de determinadas tarefas da vida diária. A pontuação total da escala varia entre 16 e 64, sendo que quanto maior a pontuação, maior é o medo de quedas. Os pacientes foram alocados em 2 grupos de acordo com a pontuação final na FES-I (Baixo medo < 23 pontos > alto medo de quedas). Para a avaliação do controle postural, o participante foi instruído a permanecer em pé, o mais estático possível, sobre uma plataforma de força (AccuGait, Advanced MechanicalTechnologies), em duas condições experimentais: (i) olhos fechados e (ii) olhos abertos. Três tentativas, com duração de 30 segundos, foram registradas para cada condição. A velocidade média, o root mean square (RMS) nos sentidos médio-lateral (ML) e anteroposterior (AP) e a área do deslocamento do centro de pressão (CoP) foram computadas. Anovas two-way, com fatores grupo e condição, foram utilizadas para analisar o controle postural. Resultados: A Anova indicou efeito principal condição, sendo que os participantes aumentaram a velocidade nas direções AP (F1,12= 6,337, p= 0,027) e ML (F1,12= 10,517, p= 0,007) e RMS na direção AP (F1,12= 5,261, p= 0,041) na condição olhos fechados comparado com a condição olhos abertos. Não houve efeito principal de grupo ou interação (p>0,05). Conclusão: A partir dos nossos resultados, é possível concluir que o nível de medo de quedas não altera o controle postural de pessoas com DP em condições com os olhos abertos e fechados.

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