CUSTO COM SÍNDROME METABÓLICA SEGUNDO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM PACIENTES ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE.
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Estudos têm mostrado que a prática de atividades físicas apresenta benefícios no controle dos componentes relacionados à síndrome metabólica, apresentando efeito protetor para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Dessa forma, o objetivo do estudo foi verificar a contribuição da soma dos componentes da síndrome metabólica nos custos com serviços de saúde segundo o nível de atividade física. Estudo avaliou pacientes com idade ?50 anos atendidos na atenção primária de saúde do Sistema Único de Saúde da cidade de Presidente Prudente. A presença de síndrome metabólica foi verificada pela soma de três ou mais dos seguintes componentes: i) glicose ?110 mg/dl; ii) triglicerídeos ?150 mg/dL; iii) lipoproteína de alta densidade <40 mg/dL para homens ou <50 mg/dL para mulheres; iv) circunferência de cintura ?102 cm para homens ou ?88 cm para mulheres; v) pressão arterial sistólica ?130 mmHg ou pressão arterial diastólica ?85 mmHg. Custos com saúde foram verificados por meio dos registros em prontuários médicos dos serviços utilizados em âmbito da atenção primária de saúde. A prática de atividades físicas habituais foi verificada por meio de questionário, após a determinação do escore total de atividade física a amostra foi classificada como: i) menor nível de atividade física (<percentil75) e ii) maior nível de atividade física (?percentil 75). Para verificar a relação dos componentes da síndrome metabólica com custos foi feita correlação de Spearman e análise General Linear Model com ajuste por sexo e idade. A significância estatística (p-valor) foi pré-fixada em valores menores que 5%. Foi empregado o software Stata (versão 16.0). Foram avaliados 159 adultos, com média de idade de 64,06 (8.65) anos, destes 110 (69,2%) eram mulheres, 118 (74,2%) foram classificados abaixo do percentil 75 para escore de atividade física habitual, 74 (46,5%) apresentaram síndrome metabólica. Observou-se na análise de correlação que a somatória dos componentes da síndrome metabólica foi significativamente correlacionada com custos de serviços de atendimento (p=0.016), medicamentos (p=0.001) e total (p=0.016), entre aqueles classificados abaixo do percentil 75 para atividade física habitual. Quando essas análises foram corrigidas por sexo e idade, o relacionamento continuou a ser significativo para medicamentos (?= 0.232 (IC95%= 0.101; 0.363)) e custos totais (?= 0.102 (IC95%= 0.007; 0.197)). Entre aqueles classificados acima do pertencil 75, correlações não foram significantes. Os dados observados no estudo sugerem que a soma dos componentes da síndrome metabólica aumentou os custos com serviços de saúde no grupo com menor nível de atividade física." 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