Artigo Anais do XIII Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XIX Simpósio Paulista de Educação Física

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-2268

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DUAS ESCOLAS DE KARATE EM OKINAWA: UM OLHAR ETNOGRÁFICO

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Publicado em 24 de março de 2023

Resumo

Este trabalho é um estudo comparativo entre duas manifestações do karate de Okinawa, a partir de pesquisa etnográfica realizada entre 10 de janeiro e 24 de fevereiro de 2023. Envolvi-me nas práticas diárias em dois importantes locais: Goju-ryu Higaonna Dojo (GHD), nos períodos da manhã e tarde, bem como no Shorin-ryu Shidokan Musei-Juku (SSMJ), à noite. Mantive diário de campo, realizei registros fotográficos, vídeos, observação-participante e entrevistas. A coleta de dados aconteceu durante o curso “Promoção do Karate Tradicional de Okinawa como Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco”, pela Japan International Cooperation Agency e pela International Okinawa Goju-ryu Karate-do Federation, atual Traditional Okinawa Goju-ryu Karate-do Federation, em Naha, capital de Okinawa. Para marcar diferenças e semelhanças entre as práticas, foram escolhidas as seguintes categorias de análise dos dados: exercícios preparatórios (EP); kihon (fundamentos); kata e exercícios complementares (EC). Ambos os dojo seguem uma rotina diária diferente entre eles, mas praticamente a mesma todos os dias, pouco varia. EP: no GHD é uma ginástica que acontece quase sempre da mesma maneira: começando pelos dedos dos pés e seguindo até o pescoço, sob a contagem de quem estivesse no comando da sessão. Na SSMJ não existem EPs conduzidos. As pessoas realizam de maneira autônoma sua própria sequência. Quando o sensei convida para iniciar, já é para realizar a prática conjunta de kihon, o mesmo todos os dias, composto de seis partes. Na prática de Goju notei não haver um kihon específico. O sensei propõe séries de movimentos repetitivos, com e sem deslocamento, conforme considera conveniente para o momento. A repetição é um elemento importante em ambos os dojo, mas ocorre de maneiras diferentes entre eles. No GHD, o mesmo kata atravessa vários encontros. O sensei observa, tece comentários e em seguida solicita para repetir. Isso pode acontecer em uma ou várias tardes. Geralmente não se passa para outro kata enquanto aquele praticado não é satisfatório, diferente do que acontece na SSMJ, onde realizam-se diariamente 15 kata em conjunto. Enquanto rege a contagem, o mestre orienta, ajustando posturas e movimentos. Entre um grupo de kata e outro, o sensei oferece intervalos, nos quais as pessoas geralmente praticam alguma sequência de kata, auxiliam colegas, alongam ou mesmo conversam. O sensei observa, comenta, e fica disponível para dúvidas. Tais intervalos pouco existem nas práticas do outro dojo, que são quase sempre preenchidos por exercícios específicos, propostos pelos professores. Estar diariamente nos dois locais, praticando formas muito diferentes de karate exigiu de mim outras formas de disposição corporal. Apesar de serem agrupadas pela denominação comum “karate”, as duas práticas mostram-se bastante singulares e diferentes entre elas, o que indica pistas para considerar que o karate de Okinawa se faz em suas multiplicidades, diferenciando-se constantemente de si mesmo.

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